sábado, 17 de outubro de 2009

As “escolas” - Saussurianismo

Segundo alguns autores, existiram 3 Saussures:

1º o Saussure dos anagramas: não despreza a história; é possível perceber o sujeito agindo com e na linguagem.

2º do CLG e 3º dos manuscritos: o sujeito é “deixado de lado” e desconsidera a história.

O que une/relaciona estes 3 é o fato de estudar o SIGNO de forma parecida e deixa de lado os referentes (a noção de exterioridade = mundo).

Os estudos de Saussure matem uma relação entre a linguagem, a história (sociedade) e os sujeitos. Ao considerar que Saussure deixa isso de lado, sem considerar o período em que a ciência é proposta, é ser igênuo e ignorante perante a teoria do POSITIVISMO: sistematizar de forma objetiva o conhecimento. Ao fazer isso, Saussure adequa seus estudos à época: SUBJETIVIDADE E OBJETIVIDADE.

No POSITIVISMO e xiste um afastamento total entre o sujeito e o objeto; assim, quando Saussure afasta o sujeito, aproximando-o da subjetividade, procura obscureer o sujeito, qdequando-o à teoria vigente e maquiando o SUJEITO.

Mas existe um questionamento atual, uma vez que o sistema atual repele a teoria positivista: quando Saussure propõe suas teorias, ele procura estabelecer uma ciência que fosse capaz de estudar todos os SIGNOS (Semiologia). Ele se dedicava uma pequena parte para estudar a linguagem verbal ( LINGUÍSTICA).

Ele também procurou delimitar o OBJETO, para estabelecer a LGG como ciência, embasando-se sobre 2 grandes sistemas: LG e FALA. Contudo exclui a fala de suas análises, uma vez que para estudá-la deveria considerar a subjetividade, singularidade do sujeito; logo, possui uma sistematicidade diferente da LANGUE (língua).

É equivocado pensar que na PAROLE (fala) não existe uma regularidade (sistematicidade, mesmo que para alguns teóricos estas regularidades/ recorrências sejam erros). Para um elemento ser aceito pelo sistema deve ser considerado os elementos internos e externos da lg.

O objeto lg pode ser analisado sob duas formas: DIACRÔNICAMENTE (considerar a historicidade dos fenômenos lggs) e SINCRÔNICAMENTE (pensar a lg como um momento atual). Saussure considera este e não aquele, uma vez que é o que faz com que haja atualização da Langue, pois “fotografa-se” o momento histórico atual da lg, portanto não seria necessário estudar “evoluções” históricas sobre a lg.

[—>Em comparação, Backtin coloca a história como algo que existe EMBATE ENTRE CLASSES SOCIAIS, enquanto que Saussure coloca a história como temporal, sentido CRONOLÓGICO.<--]

Segundo Saussure, a língua se organizaria em dois eixos: PARADIGMÁTICO (eixo das possibilidades) e SINTAGMÁTICO (eixo das realizações). Porém, existe uma ordem dentro da langue (regularidade) para que haja a eleição de um termo adequado para que haja um melhor enquadramento fonético ou até composição dos sentidos. Assim, para Saussure, a língua é FORMA e não SUBSTÂNCIA, como propõe alguns teóricos.

DICA: Acesse este link para conhecer um pouco mais sobre a obra de Saussure e sua contextualização. Clique aqui. Neste link também será possivel analisar mais um pouco de suas dicotomias propostas.

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