domingo, 30 de agosto de 2009

Pressuposto de Análise

Pressuposto de Análise: eleger o objeto de pesquisa e um instrumento para isso, além de um método para a pesquisa. Para isso usa-se a metalggm variando de acordo com as áreas de pesquisa.

Para a Lgg, seu objeto de estudo é a lggm, mas cabe decidir como olhar para este objeto, pois “ o ponto de vista cria o objeto” (SAUSSURE). Desta forma, variando da área em análise criam-se  objetos teóricos diferentes, uma vez que são usadas ferramentas diferentes (caminhos diferentes) para esta “criação”. Embora todos que estudem uma determinada área olharem para um mesmo objeto observacional. Logo, de forma resumida, pode dizer: o objeto teórico é estabelecido diante das subáreas de uma determinada área que analisa um objeto teórico.

A criação de um objeto teórico é “posta” (colocada; criada) a partir de como observar o objeto, ou seja, escolher a “lente” para enxergar o objeto. Enquanto que o objeto observacional é o objeto a ser analisado, que só é criado de “2” para “1”.

Por exemplo: analisar um texto “X” e observá-lo com uma teoria “A” ou “B”.

Embasado na teoria de “POLIFONIA” proposta por Mikhail Bakhtin, Ducrot analisa profundamente a teoria de objetos teóricos e observacionais. Cada vez que muda-se a teoria cria-se um objeto diferente.

Texto base: NETO, José Borges. “De que trata a linguística afinal?”. Ensaios de Filosofia da Linguística. 

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Linguagens humana e animal

Existe um limite entre os homens e os animais. Este limite seria a linguagem, contudo há quem declare que os animais possuem linguagem. Diante disso, alguns autores declaram que os animais possuam somente uma espécie de código de sinais, assim, uma aptidão para simbolizar, mas não faz com que estes códigos sejam entendidos como uma linguagem.


Um estudo analisando as abelhas concluiu-se exatamente disso: elas usam "danças" para transmitir a localização de novas fontes de alimentos. Assim podemos traçar algumas diferenças entre estes dois tipos de "linguagens" (do homem e das abelhas), como demonstrado no quadro abaixo:




Segundo Mattoso Câmara, o que deu início aos estudos da linguagem foram:

1) DIVISÃO DE CLASSES SOCIAS: marcam fronteiras sociais que marcam o que é "CERTO" e "ERRADO", o que geraria os estudos da gramática normativa.

2) CONTATO DE UMA SOCIEDADE COM UMA LÍNGUA ESTRANGEIRA: comparações sistemáticas entre as línguas em questão.

3) DIFERENÇA ENTRE FORMAS LINGUÍSTICAS DO PRESENTE E DO PASSADO: compreender textos escritos antigos, já obsoletos. A partir desse ponto de vista foram criados estudos filológicos.
Do tópico "1)" ao "3)", Mattoso Câmara dividiu em estudos Pré linguísticos.

4) DESENVOLVIMENTO NUM ÂMBITO MAIS AMPLO: mistura de Filosofia e Linguística. Estudos sob a ótica da LÓGICA.

5) DESENVOLVIMENTO DA CIÊNCIA: pré disposição biológica da linguagem, contudo seja uma herança cultural. Neste ponto cabe entender o que seria herança cultural ou pre disposição genética.
Do tópico "4)" ao "5)" Mattoso divide em estudos da Paralinguística.

6) PERCEPÇÃO DE SOCIEDADE HUMANA COMO OBJETO HISTÓRICO: é considerado que a linguagem é algo histórico.

7) FUNÇÃO SOCIAL: caracteriza um estudo descritivo da linguagem.
Os tópicos "6)" e "7)" constituem o "âmago" da linguagem. Esta proposta encabeça os estudos linguísticos; deste ponto de vista, toma-se a linguagem como traço social e histórico: em "6)" explica-se a origem da liggm e em "7)" explica-se a função da lggm. Assim, explicam-se e "aplicam" os estudos lggs.


Obs.: As abreviações "lggm" (linguagem), "lgg" (linguística), e "lg" (língua) são adequações minha e remanejada às minhas anotações e linhas de estudo.



segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Aula 1

Cabe começar a pensar que ciência é a tentativa de explicar um dado recorte da realidade; assim, representar a realidade pontualmente. Diante disso, a disciplina de Epistemologia da Linguística expõe as diversas teorias linguísticas que permearam (e permeiam) durante os anos, explicando suas abordagens e aplicações.

O autor Tomas Cum declara que a Linguística estaria organizada em grandes PARADIGMAS, que seriam "quebrados" ("cortados") epistemologicamente por escolas (teorias) que pudessem responder questionamentos que, anteriormente, não foram respondidos; deixando, então, lacunas.

Contudo, a teoria de Lactus diz que existiria uma convivência entre os paradigmas e que estes não seriam "quebrados" epistemologicamente. Desta forma existiria uma comunicação entre os diversos paradigmas da linguística, como propõe Lactus.